27 de maio de 2010

House

A sexta temporada de House acabou na semana retrasada, debaixo de severas críticas por parte de muitos fãs. Essa situação foi um pouco amenizada pelo episódio final, mas quando se fala de um balanço geral, digamos assim, dessa última temporada, existem mais críticas do que elogios.
Quem acompanha a série desde o início, acostumou-se com um personagem que praticamente não mudou nas três primeiras temporadas. Nem o personagem, nem as situações. Caso você resolva fazer uma maratona e assistir direto essas três, dará muitas risadas, mas ficará cansado. Apesar do humor negro e das demais características do personagem estarem muito afiadas, 90% dessas temporadas resumem-se a resolução de casos de maneira quase inexplicável pelo médico, junto com insultos, deboches e remédios. No meio disso tudo, um ou outro episódio que explore a vida dos médicos ou do prórpio House. De uma maneira bem inteligente, os roteiristas sempre deixaram esses episódios para o final da temporada, e funcionava.
Quando a terceira temporada acabou, deu-se a primeira grande mudança, muito bem arquitetada. A quarta foi diferente, centrada na escolha de uma nova equipe médica, mas sem que os personagens da antiga fossem retirados do seriado. Essa temporada foi mais curta por causa da greve dos roteiristas e teve um final hiper comovente.
A quinta começou e terminou de maneira brilhante, mesmo. Acho que foi uma temporada perfeita. Por isso mesmo, esperava-se demais da sexta, que começou exatamente como os fãns imaginavam, com um episódio inicial duplo, espetacular. Porém, com o passar dos episódios, conduziram a trama por um sentido de "redenção" do personagem, uma busca por mudança de atitudes e da própria personalidade do House. 
Esse foi o ponto de discórdia, a raiz do problema. Muita gente detestou isso e, realmente, em alguns momentos essa nova situação ficou muito chata, como se a série estivesse descaracterizada. Em alguns outros episódios, por outro lado, montavam situações "à moda antiga". Enfim, essa indefinição de caminhos prejudicou o rumo da sexta temporada. Ao meu ver, os 4 ou cinco primeiros episódios foram muito bons, mesmo, seguidos de uns 10 indefinidos e pouco empolgantes e os últimos 6 ou 7 melhoraram. Pela primeira vez, uma temporada teve um final feliz, o que agradou muita gente e me desagradou um pouco. Entretanto, pensando bem, se tivesse acabado de maneira triste, cairia no mal da repetição, então foi uma boa escolha.
Enfim, acho que o seriado tem todo o crédito do mundo e aposto que a sétima será ótima, no mesmo nível, ou melhor do que foi a quinta. É esperar pra ver.

Um comentário:

  1. Toda série tem direito aos momentos "mornos". Aconteceu com o Grey's Anatomy na 4ª temporada, que agora está genial. Na metade da 3ª do Lost, que nem é preciso falar. Na 4ª do Party of Five.. em fim, as boas se restabelecem, é fato.

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