12 de dezembro de 2010

Em breve

Voltaremos com a nossa programação normal. Aguarde.

18 de novembro de 2010

Contagem regressiva

Faltam 27 dias para as férias. Isso significa que faltam 27 dias para que meu despertador seja desligado e pare de tocar quatro vezes por semana antes das seis horas da manhã. Isso entre outros benefícios que vem junto com as férias.
Contemos regressivamente!

14 de novembro de 2010

Contradição?

Entre as várias contradições que a Igreja Católica possui, uma me chamou a atenção nos últimos tempos: o custo de um casamento.  Explico: pra casar na Igreja, cada um dos noivos precisa de seu batistério - que é uma certidão de batismo, um documento que atesta que você foi batizado. Daí você precisa ir até a Igreja na qual recebeu o primeiro sacramento e solicitar. Custo: 20 reais. Como os dois precisam, são 40 reais.
Depois, os noivos precisam fazer o juramento (tem quem chame de Proclame, ou Proclamação do casamento) e assinar uns papeis. Custo: 150 reais (é possível achar por 80 reais também).
Há o curso de noivos, obrigatório, no qual você joga fora um sábado da sua vida para ouvir um monte de coisas desintaressantes. Custo: 40 reais (há, também, uma variação de preço, uns custam 60, e por aí vai).
Por fim, para você fazer uma cerimônia vai pagar uma  taxa para a Igreja, exemplos: a Igreja do Cristo Rei, 400 reais, a de Santo Agostinho, 500, a Igreja dos Passarinhos, 1000 reais (observação: todas são igrejas aqui de Curitiba, e coloquei os preços que eu lembrava, pode haver variação, lógico.

Fazendo uma conta simples: 40 reais de batistérios + 40 do curso de noivos + 150 do Proclame + 500 da cerimônia = 730 reais.
Claro, há variações nos preços, mas o cálculo feito aqui é bem real.

Agora, as perguntas: a Igreja não deveria ser voltada aos pobres? E a ideia da humildade, desapego ao dinheiro e à materialidade?
Enfim, as dúvidas são essas.

7 de novembro de 2010

Risadas virtuais

Situação 1: lá está você conversando com alguém no msn quando, de repente, não mais que de repente, a criatura do outro lado da tela acha alguma coisa engaçada e solta um hsaihsiahsaihsaihsaihsiahsiha. Que porra é essa? Aí você pensa um pouco e chega à brilhante conclusão que aquilo ali, sem sentido ou nexo algum, é uma risada. Mas que tipo de som seria um haishaihsaihsaihsaihsiahiahis? Sabe-se lá né, não tem como deduzir.
Situação 2: lá está você conversando com alguém no msn quando, de repente, não mais que de repente, a criatura do outro lado da tela acha alguma coisa engaçada e solta um rs. Bom, esse é o pior tipo de risada vistual que existe. Rs é abreviação de "risos". Tá, quando você acha alguma coisa engraçada você olha pra pessoa e diz "risos"? Não, ninguém faz isso, porque isso não tem nexo. Esse rs maldito deve ser herança do bate papo do uol, do MIRC, ou sei lá que de lugar das trevas. Enfim, pessoas que riem com rs não merecem respeito.

Fora essas duas situações, as risadas podem transmitir algum significado, por exemplo: 1) lá está você conversando com alguém no msn e a criatura do outro lado da tela solta um hahahahahahahahahaha. Pronto, simples, direto e eficiente. Você entendeu que foi legal, divertido e engraçado e já podem continuar o assunto; 2) lá está você conversando com alguém no msn e a criatura do outro lado da tela solta um hehehehehehehehe. Essa me parece uma risada mais....."malandra"? Algo assim, tipo criança quando apronta. Não é das coisas mais normais, mas também dá pra entender; 3) Situação 1: lá está você conversando com alguém no msn quando a criatura do outro lado da tela  solta um hihihihihihihihihihi. Entre todas as risadas, essa é a menos masculina, óbvio. Caso algum amigo seu ria assim, desconfie. De qualquer forma, é uma risada válida para mulheres que gostam de imitar criancinhas ou sei lá, adolescentes meio problemáticas que acham que ainda tem 5 anos. Pelo menos dá pra entender que é uma risada.

Obs: texto escrito a partir de uma conversa deveras filosófica com a senhorita Isabela  (www.twitter.com/itsmeisa_m - http://www.seefireflies.tumblr.com)

2 de novembro de 2010

Viagens

Costumo responder, normalmente, a quem me pergunta a razão das minhas viagens: que sei bem daquilo que fujo, e não aquilo que procuro. (Michel de Montaigne)

São paulo estava muito legal!

25 de outubro de 2010

Outro começo de história...

Hoje retuitei (via www.twitter.com/baszczn) um link muito legal - http://americanbookreview.org/100BestLines.asp - intitulado "As cem melhores primeiras linhas de romances". Na hora me veio na cabeça um outro início de livro que gosto muito, e que não consta na lista (talvez por não ser um romance né, Henrique!). De qualquer forma, eis meu início de livro favorito:

Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Franz Kafka, Metamorfose, 1912.

17 de outubro de 2010

Bukowski

.

"A primeira coisa que me lembro é de estar debaixo de alguma coisa. Era uma mesa, eu via uma das pernas de madeira, via as pernas das pessoas e um tanto da toalha que pendia no ar. Era escuro lá embaixo, eu gostava de ficar por ali. Isto deve ter sido na Alemanha. Eu devia ter um ou dois anos de idade. Era 1922.  Eu me sentia bem debaixo da mesa. Ninguém parecia saber onde eu estava. A luz do sol escorria sobre o tapete, sobre as pernas das pessoas. A luz do sol me agradava. As pernas das pessoas eram desinteressantes, diferentemente da toalha que pendia da mesa, diferentemente da perna da mesa, da luz do sol."

.

Eis o primeiro parágrafo de Misto Quente, um dos melhores livros de Charles Bukowski, embora essa pequena citação não demonstre absolutamente nada sobre a história do livro. Ou talvez demonstre. O isolamento do menino Henry Chinaski nessa primeira cena permanece, e ganha novas caras ao longo do livro. Sua personalidade  varia entre o trágico, o escroto, o cômico, o anti-social e várias outras formas, sem ser um heroi, e sem ser romântico. Seco, sarcástico e real - em excesso até - por isso me chamou a atenção.
Leitura recomendada.

10 de outubro de 2010

Citação...

"Exu continuou assistindo, e como Oxalá nada dissesse, assim permaneceu.
'Ora, vejam! Então é assim que se faz uma cabeça!', pensou, ao ver o deus concluir uma delas.
'Ora, vejam! Então é assim que se fez um pescoço!', pensou, ao ver um deles sendo modelado.
'Ora, vejam! Então é assim que se faz um seio!', pensou, ao ver as mãos do grande oleiro darem forma aos seios das mulheres. Para sua surpresa, no entanto, viu o deus dar um segundo seio à mesma mulher.
'Muito bem feito!', pensou ele, pois ali estava algo que bem merecia uma repetição.
O que verdadeiramente o encantava, porém, era o requinte dos detalhes. No caso dos seios, o detalhe dizia respeito aos mamilos, que podiam ter formas tão deliciosamente várias quanto as mamas.
'Realmente, há aqui uma possibilidade infinita de combinações!', disse gozosamente para si mesmo.
Exu continuou a ver, passo a passo, a confecção dos seres humanos - tanto homens quanto mulheres - e gostou tanto do que viu que ficou para observar a confecção de uma nova fornada.
Na verdade, ficou observando tudo isto por dezesseis anos inteiros."

Retirado de: As melhores histórias da mitologia africana, de A.S Franchini e Carmen Seganfredo. Editora Artes e Ofícios, Porto Alegre, 2009.

Recomendado!

28 de setembro de 2010

A descriminalização do aborto

Hoje, 28/09/2010, é o dia pela descriminalização do aborto na América Latina e no Caribe

Passei algum tempo lendo textos e vendo vídeos que apoiassem os dois lados - os pró e os contra esta descriminalização. Fazendo um balanço geral, tirei algumas conclusões, ou concluí definitivamente o que organizava na minha cabeça há tempos.
Os que vão contra a descriminalização o fazem por uma moral religiosa, como se Deus fosse contra a atitude ou isso fosse equivalente a um assassinato, enquanto os que são a favor buscam uma argumentação focada na condição da mulher, principalmente. Muita gente coloca que, se uma menina/mulher engravidou, ela deve "simplesmente arcar com as consequências e aprender com isso". Ora, um filho requer condições psicológicas e financeiras, além de muitas vezes "chegar" em um momento que definitivamente não há estrutura para recebê-lo: um casal adolescente, um casamento conturbado, uma saída descompromissada,. Vídeos e textos que centram a questão na religião parecem ter um certo fetiche pela ideia de punição ("fez, agora aguente"), e nesse caso a criança aparece como o castigo, enquanto deveria ser símbolo de felicidade.

Mais do que isso tudo, percebi um equívoco geral, ou uma falta de informação geral, não sei bem: quando de fala em apoiar a descriminalização do aborto, tem gente que escuta "sou a favor do aborto e farei um amanhã". Não é nada disso. Descriminalizar significa dar o direito de escolha, dentro da lei. Não é só porque tal prática é legal que vai aumentar o número de abortos ou isso será banalizado. Decidir tirar uma criança, interromper uma gravidez, é algo sério, duvido que saiam por aí abortando só porque "agora pode". O fato de ser permitido pela lei não vai conduzir o país ao caos, não vai acabar com a fidelidade em namoros ou casamentos e não nos tornará mais promíscuos. Esse direito de escolha é concedido, principalmente (e obviamente) à mulher, afinal, é ela quem carrega a criança, ela que sente, literalmente a gravidez, e deve sim caber a ela o peso maior da decisão. Existirão também, logicamente, casos em que será uma decisão do casal. Outro ponto importante: legalizar o aborto tornaria essa prática muitíssimo mais segura. É extremamente hipócrita pensar que ninguém aborta, ou que clínica alguma faz aborto. Isso ocorre desde sempre, em casa ou em lugares clandestinos, e traz riscos sérissimos à saúde da mulher, mutilações, hemorragias e, algumas vezes, a morte. Em caso de legalização, todos os hospitais propiciariam cuidados médicos, atendimento profissional e suporte à pessoa. 
Descriminalizar o aborto seria conceder o direito de escolha, e conceder condições de higiene e cuidados médicos à uma pessoa que passou um processo doloroso, física e psicologicamente falando.

8 de setembro de 2010

2012

Pense em um filme ruim. Agora pense em um pior. Agora multiplique por 975. Pegue o resultado e eleve à quinta potência. O resultado, somado ao número 7 é o índice de ruindade desta coisa que foi tão promovida como "o melhor filme de fim do mundo já feito".
As intermináveis 2 horas e meia são um show de efeitos especiais. Só. O resto é uma sequência de clichês e situações absurdas e ridículas, além das cópias de outros filmes - Titanic, Armaggedon, Impacto Profundo, entre outros. Se 2012 tivesse sido feito nos anos 50 ou 60, essas situações seriam normais, digamos assim - salvamentos heróicos, sobrevivências impossíveis, manobras inimagináveis, enfim, todo um universo que pertencia àquela época, e que já cansou.
Vamos lá: o personagem principal é imortal, começa o filme descasado e com problema de relacionamento com o filho mais velho. Sobrevive a tudo, salva parte da humanidade, se redime com o filho e reata seu casamento. O geólogo que sabia de toda a catrástrofe é bonzinho e faz um belo discurso em prol dos seres humanos, também ajuda a salvar a todos. Um sujeito que pilitou 3 vezes um monomotor faz manobras de piloto profissional com um bimotor e com um boing. O escritor heroi e seu filho prendem a respiração por 25 minutos debaixo d´água. A loira burra casada com um bilionário russo se livra do marido malvadão, salva seu cachorrinho, mostra o dedo do meio ao ex-marido no último segundo antes de se salvar e morre heroicamente ao salvar uma garotinha. O mundo acaba sempre 2 segundos depois do personagem principal passar por determinado local. Os ricos se salvam, os pobres se fodem. A humanidade se salva, feliz e fraternal.
Não vale o preço da locação, não vale o tempo jogado fora. Vários outros filmes sobre o fim do mundo foram feitos, quase todos são bem melhores do que esse.

26 de agosto de 2010

Sertanejo Universitário

Há cerca de 20 anos a dita música sertaneja entrou na moda. Por isso, porcarias como Xitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo e Zezé di Camargo e Luciano apareciam constantemente na televisão, no rádio, nos outdoors, no raio que os parta, enfim, em todo lugar que você olhasse, lá estavam. Junto com eles, também ganharam promoção diversas duplas com o mesmo tom de voz agudo e desafinado que cantavam músicas de corno. Há uns dois anos, talvez três, essa praga reapareceu, desta vez com outros nomes, tão chatos ou ainda piores do que as duplas de 15, 20 anos atrás. Agora, ainda chamam o ritmo de sertanejo universitário.
Bom, em primeiro lugar, isso não é música sertaneja, isso é música brega e sem qualidade nenhuma. A música sertaneja mesmo é a moda de viola, cantada por todo o interior do Brasil desde que existe viola. O que essas duplas com nomes escrotos fazem é uma mesmisse horrível, sempre com um sujeito gritando desafinadamente que é chifrudo ou então cantando músicas com duplo sentido que servem de desculpa pra galera de esfregar. Nada contra quem é corno ou quem se esfrega na balada, o foco aqui não é esse, mesmo.
O que me é incompreensível é o tanto de gente que gosta disso. Não vejo bom humor nessas músicas, menos ainda vejo inteligência nas letras ou boa qualidade no som ou na voz de quem canta. E cada vez que mostra um show, tem 200 mil gritando, chorando, berrando a música como se aquilo fosse a maior poesia já feita.
E não venha com o papo de "cada um com seu gosto e blá blá blá", porque eu tenho que ouvir vizinhos com esse tipo de porcaria o domingo todo - já não bastanto o Faustão e o Fantástico. Realmente é irritante. Na verdade, minha conclusão é que se tanta gente adora esse tipo de música ruim e de corno, é porque tem muita gente burra e corna no mundo. E essas músicas são de corno mesmo, nada de dizer que são músicas românticas mal compreendidas.

E não, não estou em um dia ruim. Escrevi o texto aí com um sorriso debochado na cara, mesmo. Isso só serviu para externar minha indignação momentânea com esse tipo de música.

22 de agosto de 2010

True Blood

Há cerca de um mês comecei a acompanhar essa série, por alguns motivos: as que normalmente eu acompanho - House, Fringe, Two and Half Man - estão de férias, digamos assim e Lost acabou. Como eu tinha lido boas críticas sobre o True Blood e ouvi algumas recomandações, resolvi baixar e acompanhar. Tambem tem o fator de eu curtir filmes, séries, histórias, enfim, sobre coisas sobrenaturais, nesse caso, vampiros - sem a ideia de que eles brilham no sol feito porpurina e essas asneiras.
A primeira coisa que achei legal foi que as temporadas só tem 12 episódios, dá bem menos trabalho pra baixar e as coisas acontecem sem nenhuma embromação, o que dá um dinamismo bem legal à trama.
Tenho curtindo a história, estou no meio da segunda tempoada e a série está na terceira, a qual devo asssitir em breve. Só algumas ressalvas: primeiro, a interpretação dos dois personagens principais é muito canastrona, digamos. Bill e Sookie parecem dois robôs conversando, me parece que falta emoção de vez em quando. Isso, pelo menos, não vale para os outros personagens, que são bem legais e complexos. Na verdade, a Sookie é um pé no saco de tão chata! Puta personagem enjoado - "ai, eu quero, eu faço, eu não pisco, eu dou ordens e blá blá blá blá..." e só porque descobriu o sexo aos 25 agora tá se achando (tá, isso é maldade minha, já que ela não conseguia se relacionar porque lê mentes e nunca ficou à vontade com ninguém, portanto tava no atraso mesmo!). Segundo, que você desvenda muito rápido quem é mal e quem é bom, fica bem explícito, não tem a surpresa de pensar sobre os personagens. Quando alguém aparece o telespectador já sabe se é bom ou ruim, só espera pra ver como a bondade ou a maldade serão revelados.
Tirando isso,  tem laces de humor inteligente, aborda muito bem os preconceitos e recalques de uma cidadezinha de interior americano, capricha no visual e nos efeitos e tem um monte de criaturas bizarras e legais - lobisomens, metamorfos, telepatas e etc. Algumas cenas de sexo são bem fortes, e até meio desnecessárias.
Uma série que não é genial, mas é um bom passatempo.

19 de agosto de 2010

Eleições presidenciais 2010

Em outubro ocorrerão as eleições para presidente, governadores e senadores deste país. Como toda santa eleição, a mídia, as pessoas na rua e os próprios candidatos, lamentavelmente preferem falar de qualquer coisa, menos de política.
Explico: grande parte das pessoas vota porque simpatiza com o sujeito, porque acha mais interessante sua postura, porque usa terno ou usa sport fino, porque é de tal religião, porque é filho de não sei quem, enfim, esse tipo de coisa. É claro que todos têm uma simpatia maior ou menor por cada um dos presidenciáveis,  e a biografia dos candidatos é importante, claro, mas acho que as discussões poderiam girar em torno de realizações e projetos, e não do "eu sou mais bonito/saudável/inteligente que você". Isso é despolitização, se é que a palavra existe.
As questões realmente importantes parecem ficar de lado para que em seu lugar entrem fofocas, historinhas sem importância ou birras que uns tem com os outros. Fora as mentiras e distorções discaradas.
Enfim, quando se fala de política, o assunto já parece taxado de chato e associado a uma corrupção inevitável mesmo, então vamos nos distrair falando bobagens e votando por pré-conceitos mesmo. Lamentável.

5 de agosto de 2010

O fim das férias e o sono

E as férias chegaram ao fim. Três semanas passam muito rápido quando você está sem fazer nada. Embora eu realmente não reclame de voltar a trabalhar, e nem reclame da cara de "depressão pós férias" dos alunos nessa primeira semana, posso reclamar de uma coisa: o sono. Esse sim, é complicado.
É quase impossível deitar e levantar cedo nas férias, manter um ritmo parecido com os tempos de atividade. Acaba que passo horas lendo, vendo filmes, vendo seriados e quando vejo, madrugada. Por consequência, levanto tarde no dia seguinte, e isso vai piorando com o passar das férias, dorme mais tarde, acorda mais tarde ainda. Daí é lógico que leva uma eternidade pra pegar ritmo mesmo.
Enfim, só pra constar que nessa semana estou quase morrendo em pé, mas na semana que vem as coisas serão melhores.

13 de julho de 2010

Toy Story 3


Toy Story 3 - EUA - 2010.

O terceiro filme da trilogia é muito bom e, mais ainda, como despedida dos brinquedos, como encerramento de uma série, de uma trilogia, ficou melhor ainda. Os produtores souberam encerrar o ciclo de Toy Story de uma maneira muito feliz, muito bem feita. Não só pela produção em si, mas pelo apelo emotivo que tem o final, emocionante e divertido.
Assim como nos dois anteriores, o bom humor reina e a quantidade de boas tiradas garantem que você nem sinta o tempo passar. Talvez crianças se assustem um pouco com algumas cenas - brinquedos com caras assassinas - e adolescentes não curtam tanto - já que as próprias personagens do filme são brinquedos antigos, digamos, que não parecem ter muita lógica nos últimos anos. Adultos, principalmente os que estão por volta dos 25, adorarão. Não só pelos brinquedos, que lembram muito a infância, mas o próprio filme, já que o primeiro saiu em 1995, quando essa geração tinha mais ou menos 10 anos.
Duas coisas me chamaram muito a atenção: a primeira cena, quando Andy brinca com seus bonecos e o filme "entra" na imaginação dele - que é muito a imaginação de um menino de 8 ou 9 anos, ficou muito perfeita mesmo, e me bateu um saudosismo forte; e a cena na qual Andy se despede dos seus brinquedos, já que ele definitivamente cresceu e vai pra faculdade. O que parece fácil e "automático" - se livrar dos brinquedos, da infância, crescer e deixar pra trás um tempo muito bom - na verdade não é. Aqueles minutos no qual ele olha pros brinquedos e diversas coisas vêm à cabeça, muito significativo, muito legal.
Enfim, recomendadíssimo! 

12 de julho de 2010

Pecados Íntimos

Pecados Íntimos - EUA - 2007 - com Kate Winslet, Patrick Wilson, Sadie Goldstein, Ty Simpkins, Jennifer Connelly, Jackie Earle Haley.

Há tempos eu estava curioso para assistir esse filme. Desde que saiu, li vários artigos que elogiavam e alguns chegaram a compará-lo com o Beleza Americana, um dos meus preferidos. Passaram os anos, a curiosidade continuou, mas nunca havia parado para alugar ou comprar, então na semana passada assisti. Talvez minha expectativa sobre a trama tenha atrapalhado, mas não achei a história tão boa, tão consistente como parecia.
Tudo se passa em um subúrbio americano, local pacato, onde donas de casa levam suas crianças para brincar no parquinho. Nesse lugar comentam sobre a vida alheia e desenvolvem uma admiração por um determinado pai que leva seu filho para se divertir. Uma das donas de casa, aparentemente meio deslocada no grupo, aproxima-se do pai e conversam rapidamente, a partir de uma espécie de aposta entre as mulheres. Logo, suas crianças ficam amigas e eles passam a se encontrar no parque e na piscina pública, por causa da boa, e forçada, convivência das crianças.
Essa mulher, deslocada no grupo de donas de casa, e este homem, pai bonitão, têm em comum casamentos infelizes - por motivos diferentes, mas que geram nas duas personagens diversas dúvidas e frustrações. Rapidamente a aproximação entre os dois cresce e uma relação extra-conjugal tem início.
Paralelamente, e secundariamente, um pedófilo é solto e volta a morar na vizinhança; este, é vigiado incessantemente por um policial que não exerce mais sua profissão, por motivos que só são revelados no desenrolar dos fatos.
Acho que esse foi o maior problema: a história paralela não parece necessária, não parece diretamente ligada à principal. Enquanto o casal infiel se aproxima, conversa, transa (em cenas impróprias para menores), a história do pedófilo e do policial parecem esfriar o filme. Tudo que a primeira tem de chamativa e interessante, a segunda parece não ter um motivo de existir. 
Mesmo no final do filme, quando a situação toda está no ápice da tensão e da emoção, a segunda história não encaixa. Apesar do final interessante e provocativo - das duas tramas - fica uma sensação de que as coisas não se completaram. Poderiam ser dois filmes diferentes.
Acredito que esse problema - ou o que na minha visão foi um problema - não aconteça no livro. Normalmente os autores desenvolvem muito mais as questões, os dramas, enfim, tudo o que cerca cada personagem. Boas passagens do filme devem ficar espetaculares no papel, coisas que  nitidamente foram resumidas para entrarem no longa.
Outra coisa: a maldita mania de trocar títulos. O original, Little Children - Criancinhas, Pequenas Crianças - faz todo o sentido do mundo, envolve todos os personagens. A dona de casa e o homem, que se ligam primeiramente pelos filhos, o pedófilo - enfim, pedófilo - e o policial que vigia o pedófilo para garantir a segurança das famílias. "Pecados Íntimos" remete apenas ao casal, ou aos casais, excluindo o resto do universo do filme.
Destaque para a interpretação de Kate Winslet, muito muito boa, mesmo. Aliás, o elenco todo, muito bom.
Um filme que podia ser brilhante, genial, mas que é bom, apenas.

Imagem da capa do cartaz retirada de: http://www.cranik.com/images/pecadosintimos.jpg

11 de julho de 2010

Férias

Nas próximas três semanas terei o prazer de fazer NADA. 
O recesso de julho chegou e só farei coisas interessantes, de verdade, como dormir até tarde, ficar acordado até a madrugada, lerei, lerei e lerei, caminharei, saírei no meio da semana, verei filmes e mais filmes, irei pra academia e vou comer muito. Enfim, é isso que se faz quando não há nada agendado, quando tem provas pra corrigir, quando o despertador não vai tocar 05:35h da manhã. 
Baixarei músicas e episódios de séries, arrumarei essa zona que é minha mesa de trabalho.
Já tenho uma lista de afazeres, já tenho ideias que nem vou divulgar aqui, mas que será concretizadas. De qualquer forma, a palavra do dia, pelos próximos 21 dias, é "descanso".

5 de julho de 2010

Apostei errado

Tempos atrás escrevi aqui que apostava no hexacampeonato mundial do Brasil. Obviamente, perdi, apostei errado. De qualquer forma, acho que a seleção perdeu em uma situação normal de jogo: tomou um gol, se assustou, tomou o segundo, se desequilibrou totalmente. E não adianta a Globo fazer todo esse quiprocó que tem feito, essa mesma situação já aconteceu com diversos times - seleções ou clubes (a Holanda, em 1974 perdeu a copa para a Alemanha por puro desequilíbrio; o Santos, em 2003 perdeu a Libertadores para o Boca também pelo mesmo motivo).
Claro, cada jogo tem sua circunstância, mas o que houve com o Brasil não foi nada alienígena. A Holanda caiu demais durante o jogo, fez teatro, encheu o saco; o juíz era um chato também, paralisações muito longas, explicações demais - e isso irrita qualquer um. Júlio César foi socar a bola, errou; Juan foi jogar pra lateral, jogou pra escanteio e tomamos o segundo gol; Kaká não fez nada; Luis Fabiano ficou no hotel. Infelizmente, tudo isso acontece com qualquer time, todos estão sujeitos.
O Brasil já saiu de copas em situações piores: em 66 não passou da primeira fase; em 2006, nem tentou reagir. Já tivemos seleções piores: em 90, um time fraco, em 86, uma seleção sem sal.
O que é realmente lamentável é o tanto de gente que muda de opinião só porque o time perdeu. Agora, a culpa é do Dunga, o Ganso (recém-operado, diga-se) deveria ter ido mesmo e o nervosismo do banco de reservas passou para o campo e por isso ninguém reagiu. Tem gente que não sabe pensar mesmo, não sabe ver o jogo nem ler uma situação com os próprios olhos, uma pena.

1 de julho de 2010

Números


Sempre que posso, escolho números ímpares. Em qualquer situação, se há uma escolha, a primeira coisa que olho é se o número é par ou ímpar. Inexplicável. E isso é assim desde sempre.
Nas disputas de par ou ímpar, sempre escolhia ímpar e sempre jogava algum número ímpar, de preferência mostrava os cinco dedos. Camisa de time, colete pra jogar na escola, preferência pelo 7 ou pelo 11. (nada de número 1, mas nesse caso é porque  o 1 vai no gol). Horário? Sempre alguma coisa com 15, tipo, 10:15h, 11:15h. Na vedade, aqui há uma ressalva: gosto do 0, também por algum moivo desconhecido, portando 09:30h, 12:10h, 08:50h são horários interessantes, assim como os próprios números 10, 20, 30, e assim por diante.
Às vezes o número 4 me causa alguma simpatia, mas só ás vezes. Por consequência, de vez em quando acho o 8 legal, já que é 4 + 4, assim como o 2 soa bacana, já que é metade de 4.
Talvez a implicância mesmo seja com o 6, completamente sem graça. Sei lá, me parece deslocado. É, acho que, afinal, essa é a conclusão deste post sem muito nexo: se prefiro os ímpares - 1, 3, 5, 7 e 9, gosto do 0 e simpatizo com 2, 4 e 8, sobra o 6, que não me representa absolutamente nada.

Imagem retirada de: http://flammarion.files.wordpress.com/2008/07/numeros.jpg

24 de junho de 2010

Lembranças das copas - 2006

Ao contrário do intervalo entre as copas de 98 e 2002, o período entre 2002 e 2006 foi pra lá de tranquilo para a seleção brasileira e sua torcida. Todos os tumultos, desorganizações e críticas que ocorreram antes do penta foram praticamente extintos depois do título mundial. Os adversário voltaram a respeitar a seleção como esta merece e o Brasil parou de perder jogos para times medianos, além de ganhar de maneira convincente diveras competições - a melor delas, a Copa das Confederações, com um fenomenal 4 x 1 nos hermanos fregueses. Com todo esse contexto de sucesso, o Brasil chegou à Alemanha como favoritíssimo ao hexa. Eis o problema. Muita farra, poucos treinos, muita máscara, pouco futebol, muita certeza, pouca concentração. Resultado: 1 x 0 pra França nas quartas, com Zinedine Zidane mostrando porque foi um dos melhores jogadores da história. Vexame dado, e sem muitos esclarecimentos até hoje, diga-se. Lamentável. Bom, vamos aos momentos dos quais me recordo:

- Voltei a fazer o álbum da copa depois de 94.
- Movimentação intensa na reitoria devido ao álbum, muito legal.
- Deboches sobre a Argentina ter sido eliminada nas quartas, um dia antes do jogo do Brasil contra a França, total fail.
- Ronaldão, gordão, quase morrendo pra marcar contra Gana. De uma corrida do meio campo até a área e quase caiu morto depois de fazer o gol.
- Uma loirona com todo jeito de santa invadindo o treino do Brasil e pulando em cima do Ronaldinho Gaúcho, com a tv achando lindo.
- Semanas antes da estreia do Brasil, reportagem perguntava na rua como a seleção seria chamada caso fosse campeã. Grande maioria não pronunciava "hexa" direito.
- Brasil eliminado, jogo acabou por volta das 17:30h, saio de casa, passo na frente de um restaurante e está montada uma recepção de casamento. Pensa: alguém marcou casório durante o jogo. Climão de velório total!

17 de junho de 2010

Lembranças das copas - 2002

Depois da catástrofe de 1998, a seleção brasileira passou um dos seus maiores infernos, entre o segundo semestre de 1998 e o início da copa de 2002. Era um bombardeio constante, por todos os lados, associado a um futebol muitas vezes horroroso. Teve chuva de bandeiras no Morumbi, trocas de técnicos, jogadores que deveriam ter sido convocados e não foram, jogadores que não deveriam ter sido convocados e foram, enfim, de tudo um pouco. No meio disso tudo, Ronaldo se machucou feio e ficou fora por anos, os cariocas exigiam Romário de volta à seleção (já em ritmo de aposentadoria) e Ronaldinho Gaúcho surgiu para o mundo na Copa América de 99 - vencida pelo Brasil, diga-se. Eis que chegou o mundial, disputado na Coréia e no Japão e o otimismo para o penta era bem mais ou menos, até que a coisa engrenou.

- A festa no cursinho com o gol de Senegal sobre a França. Pessoas saíram da sala, gritaram nos corredores, professores pararam aulas, enfim, foi espetacular! A comemoração começou na cantina com o povo que estava matando aula e quando o povo que estava em aula ouviu, virou uma Sbórnia. Lindo!
- A Argentina caindo fora na primeira fase, os jogadores chorando deitados no campo e a festa na Rua 24 horas logo de manhã.
- A luz aqui de casa ter acabado aos 2 minutos do segundo tempo do jogo de estréia do Brasil e o gol de empate ter saído aos 4. Quando eu e meu pai ouvimos o povo gritando lá no salão de festas do condomínio, corremos pra lá.
- Eu gritando "se fodeu Chinaaaaaaaa" na rua, e um japa me xingar porque não era chinês, depois que o Brasil ganhou de 4 a 0 da China.
- Povo vendo os jogos na madrugada e rolando alguns buzinaços.
- Um colega de infância jurando que ia cortar o cabelo igual do Ronaldo depois da copa, e nada, até hoje.
- O babaca inútil do Arnaldo César Coelho dando pitaco pra tirar o Ronaldo no intervalo do jogo contra a Turquia, ele fazendo o gol da vitória e todos os comentaristas zuando muito o cara ao vivo.
- Um debate efusivo na porta do cursinho sobre o quão roubado foi o jogo em que a Coréia do Sul eliminou a Itália.
- Todas as buzinas do mundo tocando num domingo de manhã, quando o Brasil foi penta.

12 de junho de 2010

Lembranças das copas - 1998

Em 98 todos tinhamos uma expectativa enorme pela conquista do pentacampeonato, e isso era muito justificável: depois do tetra em 94 com uma seleção retranqueira levada nas costas por Romário, a geração de 98 tinha uma qualidade bem superior: Ronaldo, ainda Ronaldinho, detonava na Europa, Bebeto era nome consagrado depois do tetra, Cafu estava mais maduro e ia para seu segundo mundial, Taffarel estava ainda mais experiente, Roberto Carlos firmava-se como lateral esquerdo absoluto. Ainda tínhamos Denilson como grande promessa, depois de ter sido a maior venda do futebol brasileiro em 97, assim como Edmundo acabara de ganhar um campeonato brasileiro com um pé nas costas como maior artilheiro de uma só edição. Enfim, elementos não faltavam para que tudo corresse bem e o penta viesse para cá. Aliás, não era bem uma expectativa, era praticamente uma certeza. Bom, o final já é bem conhecido e vamos às memórias deste que vos escreve:

- "Estreamos com o Cafú induzindo um zagueiro a fazer gol contra, essa copa vai ser foda". Meu tio, profetizando sem querer, e sofrendo vários deboches, depois da vitória de estréia com a Escócia.
- Dois vizinhos quase saindo na porrada depois da derrota para a Noruega no último jogo primeira fase. Um, puto da cara pela derrota, o outro, torcedor reclamão que dizia que "se fosse a Argentina, a Norurga não tinha ganho.."
- PORRA, CHUTA A MÃE TURCO FDP! - frase que veio da casa de um vizinho quando Ronaldo levou uma solada na coxa de um jogador do MARROCOS.
- Minha turma vaiando em alto e bom som um professor que disse que o Brasil perderia para o Chile nas oitavas.
- Brasil x Holanda.
- Ter torcido com todaa vontade do mundo pelo Paraguai contra a França nas oitavas (como todo mundo que tava vendo o jogo) e ter lamentado a derrota paraguaia.
- O clima de festa pré-final, teve até um churras com os amigos.
- A quantidade de notícias confusas antes da final. Edmundo ia jogar, depois Ronaldo estava escalado e ninguém sabia porra nanhum do que estava acontecendo.
- O clima de velório pós-final.
- Os mesmos dois vizinhos quase brigando, de novo, pós 3 x 0 França.
- Voltar às aulas e o assunto copa do mundo não ter sido mencionado.

10 de junho de 2010

Lembranças das copas - 1994

A Carol (http://caroleculture.blogspot.com/) fez um post bem legal: top 5 - lembranças de Copas do Mundo. Achei tão legal que resolvi copiar. Bom, pelo menos dei o crédito. Vou copiar, mas com uma mudança: já que sou péssimo em fazer listas pequenas, vou listar o que aparecer na minha mente. Aliás, acho que vou fazer isso por copas. Começando, então, com 1994, que que em 90 eu só tinha 5 anos e minha única lembrança é o gol da Argentina que mandou o Brasil embora - e nem sei se isso é lembrança mesmo ou coisa construída na cabeça de criança:

- Meu pai falando "porra, cheirou pouco hoje", quando o Maradona quase engoliu a câmera no Argentina x Grécia, quando o mesmo foi pego no anti-dopping.
- Ter torcido muito pela Bulgária, principalmente porque quase o time inteiro tinha um nome que acabava em "ov" (tipo Kostadinov, Iordanov, Stoitchokov, Balakov) e tinha o artilheiro da copa, e ter ficado triste quando perdeu pra Itália na semifinal.
- "É TETRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA" do mala do Galvão quando Baggio sumiu com a bola na final.
- Leonardo, sua cotovelada mortal e um sonoro PUTA MERDA de alguém (uma mulher na verdade, não me recordo quem) que estava vendo o jogo no mesmo recinto que eu.
- Brasil x Holanda.
- Todos os gols do Romário em 94, seguidos da narração RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRomááááááário!
- O goleiro comédia da Suécia fazendo gracinha quando o Brasil perdeu um gol dentro da pequena área.
- Meu primo falando "tá, esse até a vó pegava", se referindo a um dos pênaltis que o Taffarel pegou na final, e minha vó, tacanha, respondendo "eu pegava o que?"
- Eu e um vizinho correndo em círculos, que nem dois retardados, na quadra do condomínio com bandeiras na mão, depois que acabou a final e ninguém tinha saido ainda.
- A comemoração com os amigos, com bombinhas, rojões, fogos, buscapés e qualquer coisa que explodisse. Eu era o mais novo viu, tinha gente de quase 20 soltando bombas.

31 de maio de 2010

Tudo parado

A inspiração anda fraca por aqui. Normalmente eu tenho um tema, uma ideia, um acontecimento para explorar aqui, mas nos últimos dias, nada. Talvez pela quantidade de coisas mais urgente, digamos, que ocupam minha cabeça nos últimos dias. 
Preciso terminar algum dos livros que comecei, daí as ideias voltam. Também posso ver um bom filme, que seja inspirador. Também preciso do feriado, esse sim, revigorante.

Hoje, ao som de The Clash - I fought the law, genial: http://www.youtube.com/watch?v=16u0wwCfoJ4

27 de maio de 2010

House

A sexta temporada de House acabou na semana retrasada, debaixo de severas críticas por parte de muitos fãs. Essa situação foi um pouco amenizada pelo episódio final, mas quando se fala de um balanço geral, digamos assim, dessa última temporada, existem mais críticas do que elogios.
Quem acompanha a série desde o início, acostumou-se com um personagem que praticamente não mudou nas três primeiras temporadas. Nem o personagem, nem as situações. Caso você resolva fazer uma maratona e assistir direto essas três, dará muitas risadas, mas ficará cansado. Apesar do humor negro e das demais características do personagem estarem muito afiadas, 90% dessas temporadas resumem-se a resolução de casos de maneira quase inexplicável pelo médico, junto com insultos, deboches e remédios. No meio disso tudo, um ou outro episódio que explore a vida dos médicos ou do prórpio House. De uma maneira bem inteligente, os roteiristas sempre deixaram esses episódios para o final da temporada, e funcionava.
Quando a terceira temporada acabou, deu-se a primeira grande mudança, muito bem arquitetada. A quarta foi diferente, centrada na escolha de uma nova equipe médica, mas sem que os personagens da antiga fossem retirados do seriado. Essa temporada foi mais curta por causa da greve dos roteiristas e teve um final hiper comovente.
A quinta começou e terminou de maneira brilhante, mesmo. Acho que foi uma temporada perfeita. Por isso mesmo, esperava-se demais da sexta, que começou exatamente como os fãns imaginavam, com um episódio inicial duplo, espetacular. Porém, com o passar dos episódios, conduziram a trama por um sentido de "redenção" do personagem, uma busca por mudança de atitudes e da própria personalidade do House. 
Esse foi o ponto de discórdia, a raiz do problema. Muita gente detestou isso e, realmente, em alguns momentos essa nova situação ficou muito chata, como se a série estivesse descaracterizada. Em alguns outros episódios, por outro lado, montavam situações "à moda antiga". Enfim, essa indefinição de caminhos prejudicou o rumo da sexta temporada. Ao meu ver, os 4 ou cinco primeiros episódios foram muito bons, mesmo, seguidos de uns 10 indefinidos e pouco empolgantes e os últimos 6 ou 7 melhoraram. Pela primeira vez, uma temporada teve um final feliz, o que agradou muita gente e me desagradou um pouco. Entretanto, pensando bem, se tivesse acabado de maneira triste, cairia no mal da repetição, então foi uma boa escolha.
Enfim, acho que o seriado tem todo o crédito do mundo e aposto que a sétima será ótima, no mesmo nível, ou melhor do que foi a quinta. É esperar pra ver.

26 de maio de 2010

Sobre LOST, seu final e as reclamações dos telespectadores

Muitas pessoas no mundo tem problema de falta de atenção, dificuldade de concentração, precisa se esforçar para compreender certas relações, enfim, dificuldades mil. Só não entendo como alguém consegue ser tão lerdo das ideias por seis anos seguidos. É o caso de milhares, talvez milhões, de telespectadores do Lost, infelizmente.
Todo mundo tem o direito de não gostar do final da série, de dizer que algumas coisas ficaram sem explicação, que alguns elementos poderiam ter tido mais destaque, enfim, qualquer crítica nesse sentido. Não sei porque, boa parte das críticas que saíram por aí demonstram que as pessoas NÃO ENTENDERAM a proposta do seriado. Aí, das duas uma: ou é meio leso da cabeça mesmo, ou não acompanhou as seis temporadas. A particularidade do Lost é justamente um episódio depender do outro, tudo estar conectado, direta ou indiretamente. Se você não viu uma temporada, danou-se.

Bom, vamos ao que me recordo de ter visto ou sentido falta:

1) Achei que deveriam ter explicado melhor a sabedoria da Eloise. Ela sabia demais, o tempo todo, e não foi bem dito exatamente como. Isso nem era fundamental para a história, mas acho que poderia ter sido mostrado.
2) Podiam ter explicado um pouco melhor o motivo do irmão do Jacob ter assumido a forma de uma fumaça preta quando caiu na caverna. Tipo, o motivo daquela forma especificamente, o porque dele não atravessar cinzas ou a água. Também não era fundamental, mas podiam ter dito.
3) Podiam ter explicado como o homem fumaça foi parar no cargueiro quando o Michael morre, isso acho que ficou falho. Deviam ter uma determinada ideia que ficou pelo caminho e resolveram ignorar.
4) Ponto fundamental: a ilha não era o purgatório e eles não estavam mortos. Tudo aconteceu, foi real. Ponto final, faltou prestar atenção mesmo.
5) Os números eram relacionados aos candidatos, apenas isso. Quando Jacob fez sua lista, atribuiu um número para cada sujeito. Pronto. O fato deles aparecerem tanto na primeira temporada e serem a combinação da escotilha foi só um meio que os roteiristas acharam para explorá-los e despertar a curiosidade do público, nada mais (e nada de equações sobre o fim do mundo).
6) A cabana era usada pelo homem de preto. Ponto. Foi ele quem disse "help me" para o Locke na terceira temporada. Foi ele quem Hugo viu, no começo da quarta. Isso fica meio óbvio quando a Ilana vai lá com sua trupe e concluem que o local não era mais usado por Jacob. Quando Cristian fala pro Locke que ele deve mover a ilha, obviamente era o homem de preto mentindo.
7) A Dharma e os egipcios que construiram o templo e a estátua na qual Jacob morava foram trazidos à ilha, ou pelo próprio Jacob ou por algum acidente. Passaram um tempo na ilha (sabe-se lá quanto) e foram embora, ou morreram. Isso fica subentendido pelo contexto da série. Provavelmente os egipcios criaram os desenhos que retratavam o homem fumaça nos templos porque ele devia "assombrá-los", como fez com todos os que viveram na ilha.
8) Walt e Aaron saíram da ilha. Simples assim, ponto final.
9) Os ursos polares foram levados pela Dharma e o que estava no deserto foi posto no túnel/poço/estação Orquídea para mover a roda, como experiência. O resultado exato ninguém sabe e nem é relevante.
10) Quando o Cristian diz ao Jack, no final do último episódio "não existe 'quando' aqui", ele se referiu à passagem de tempo naquele mundo paralelo (e esse sim talvez possa ser chamado de purgatório). Não se sabe quando Kate, Claire, Sawyer e Lapidus morreram, pode ter sido 50 anos depois de ter saído da ilha. Assim como não se sabe por quanto tempo Hurley e Ben ficaram na ilha (e nem tem como medir o tempo direito lá), pode ter sido por séculos. A ideia final é que a queda do avião e tudo que passaram na ilha foi o momento mais importante da vida de cada um por isso sua passagem para o outro mundo deveria ter sido feita com todos juntos.
11) Os seriados tem contratempos. Salvo engano, os atores que interpretavam Libby e o Mr. Eco tiveram problemas de relacionamento, ou com o salário, e foram desligados da série. Ninguém contava com isso e com a saída deles ficou mesmo um buraco que tiveram que dar um jeito de tapar. Nesses casos, a trama sofre um abalo e pode ficar com um furo mesmo, nada culpa dos roteiristas.

Bom, ficou enorme, mas era isso. Pelo menos, eu disse =D
No próximo, vou comentar o House, que concluiu sua sexta temporada.

24 de maio de 2010

LOST

E domingo, ontem, acabou, de uma vez por todas, a série mais interessante de todos os tempos.
Não faz muito tempo que comecei a acompanhar seriados, e nem fazia tanto tempo que eu via Lost. Comecei a ver em janeiro de 2009 e, por ser muito boa e por eu seria patologicamente curioso, não parei mais. Como todos, levantei hipóteses, elaborei teorias, pensei em possibilidades e, como todos, eu estava sempre errado (mas algumas vezes cheguei bem perto!).
De qualquer forma, o final não deixou a desejar. Claro, podiam ter elementos a mais, situações que não foram explicitadas, enfim, acho que faz parte da ideia dos caras que pensaram a série. De qualquer forma, amarraram tudo, conseguiram fazer surpresas e conseguiram, de novo, cenas extremamente emocionantes. 
Quem viu ao longo dos seis anos deve sentir-se recompensado com o final. Quem viu como eu, quatro temporadas em um mês e acompanhou de perto das duas últimas, também. Não acho que tenham se perdido e acho que foram brilhantes. Desde sempre envolveram as pessoas, incitaram a curiosidade, despertaram raivas, foram engraçados, enfim, souberam a dose certa de cada elemento.
Muito bom! Vale a pena ter as seis temporadas em casa e rever e rever e rever...

20 de maio de 2010

Cara nova!

Vejam só como o visual aqui mudou. Bem melhor né? Todo o mérito é de uma aluna chamada Bárbara, que entrou neste blog e achou o layout ruim. Enfim, realmente estava, mas como não tenho nenhum talento para montar meu próprio layout e aquele havia sido o que eu mais tinha simpatizado, nem estava preocupado em deixar o blog mais bonito.
Eis que ela viu, chamou minha atenção via Twitter e eu disse que o layout só mudaria se ela fizesse um novo. Nem tinha acreditado que ela se disponibilizaria a fazer isso, afinal, já tem tarefas suficientes. e deve passar o tempo fazendo qualquer outa coisa que não montar layout para professores. Para minha surpresa, ela disse que faria e apenas pediu um tema. Ocorreu-me que deveria ser algo relacionado ao rock dos anos 50, 60, talvez 70, e deixei o resto por conta da criatividade.
O resultado está aí, muito muito bom. Gostei muito, mesmo. Muito obrigado Bárbara!
Quem quiser acompanhar um pouco das ideias desta queridíssima e genial (mesmo!) pessoa, minha aluna, acesse a página dela no twitter - www.twittter.com/Babith 

Nota: tem gente que é tão legal (e merece tantos elogios), mesmo, que quando vira ex-aluno(a) continua a ser chamado de aluno(a). Sei lá, não dá vontade de largar, de deixar ir embora.

18 de maio de 2010

Eu aposto no hexa!

A imprensa me irrita, constantemente. Quem não tem discernimento para saber o que é sensacionalismo e bairrismo também. Dias atrás saiu a convocação da seleção brasileira para a Copa e foi aquele bando de discursos toscos e comentaristas fajutos fazendo comentários cretinos.
Claro que um ou outro jogador não deveria ter ido, claro que bons jogadores sempre ficam de fora, mas isso não quer dizer teimosia o, pior ainda, incompetência. Quando Dunga assumiu, era um técnico inexperiente, fato. Também tinha uma propensão muito forte à retranca, fato. Mas nos 3 anos e meio, o cara ganhou as eliminatórias (dando uma surra na Argentina e goleando o Uruguai, ambos em suas casas lotadas), ganhou a Copa América e a Copa das Confederações, jogando bem, inegavelmente.
Qualquer seleção pode perder, faz parte. Os gênios de 82 e 2006 perderam, e perderam feio, não adiana amenizar. O melhor batedor de faltas e pênaltis do mundo amarelou em 86 (e dão um monte de desculpas porque ele é carioca). Os cavalos de 94 ganharam, sem show, mas ganharam (tudo bem, a final não precisava ter ido para os pênaltis, mas beleza).
Na convocação o Dunga fez o que se esperava, nenhuma novidade e foi coerente com seu discurso de coerência. Essa seleção não vai badalada, não vai ser mascarada e vai jogar séria, comprometida, o que é sim o primeiro passo pra ganhar. Aposto que essa coerência toda do técnico vai refletir em título, e se isso acontecer, seria muito justo ele chegar na coletiva a mandar todos os pseudocomentaristas, jogadores  frustrados e repórteres que nunca jogaram bola enfiarem as críticias lááá naquele lugar.

2 de maio de 2010

A entrevista mal feita

Durante a semana foi divulgado que hoje haveria uma entrevista com Roberto Baggio em um programa esportivo que passa todo domingo de manhã. Aguardei anciosamente o evento e interrompi minha correção de provas para ver a tal entrevista.
Roberto Baggio foi um dos principais nomes do futebol mundial nos anos 90. Apareceu lá por 88 ou 89 no campeonato italiano e já disputou a copa de 90. Em 1993 foi considerado o melhor jogador do mundo pela FIFA; na copa de 94, perdeu  último pênalti da decisão e sua carreira parecia que ia desmoronar. O cara conseguiu se reerguer e jogou a copa de 98, e jogou bem. Enfim, um sujeito desses tem muita história pra contar, sabe tudo de futebol, viu e fez coisas que pouquíssimos viram e fizeram. Na Itália o cara é uma quase uma lenda. Quando eu era criança muita gente brincava de ser o Baggio. Isto posto, vamos à entrevista.
Se for pra classificar a entrevista em uma palavra seria "decepcionante", e se fosse pra classificar o repórter ou o editor, seria "incompetente". Perguntaram 10 mil vezes sobre o maldito pênalti que ele errou, da sensação, se ele tem raiva do Brasil e mais um monte de blá blá blá, sem ter nenhuma pergunta que prestasse, que explorasse o entrevistado. Com um cara como o Baggio dava pra fazer um programa de uma, duas horas.
Às vezes dá vontade de pedir um emprego de elaborador de perguntas lá na maior emissora do país viu. Sério, qualquer macaco faria melhor do que isso. E não foi a primeira nem a segunda grande oportunidade que perderam.
Lamentável.

28 de abril de 2010

O mundo não se acabou

O mundo não se acabou - Assis Valente


No último post mostrei a música do Paulinho Moska, O Último Dia, na qual o compositor levanta alguma hipóteses sobre o que se faria se o mundo fosse acabar. Com um tom mais humorístico, Assis Valente também cantou o fim do mundo, ou pelo menos um dia que ele imaginava que o mundo acabaria e não acabou.
A música original é de 1938 e fala sobre um carioca que resolveu aproveitar a vida crente que o mundo acabaria. Bom, obviamente ele não acabou e ele se deu mal. Uma versão bem bacana dessa música fio feita por Ney Matogrosso, no disco Batuque. Nele, o cantor regravou diversos sambas antigos, antigos mesmo, décadas de 20, 30 e 40 - recomendadíssimo. Essa mesma música já foi regravada também pela Paula Toller e pela Adriana Calcanhoto.
Não conheço nada de Assis Valente, o compositor, fora essa música, estou até interessado e vou dar uma procurada. Abaixo, a letra:

Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite lá no morro não se fez batucada
Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar
Beijei na boca de quem não devia
Peguei na mão de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiô
E o tal do mundo não se acabou
Chamei um gajo com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele mais de quinhentão
Agora eu soube que o gajo anda
Dizendo coisa que não se passou
Vai ter barulho e vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou
Obs 2: mais sobre Assis Valente em http://www.mpbnet.com.br/musicos/assis.valente/

27 de abril de 2010

O último dia

Paulinho Moska - O Último Dia

Não tenho muita noção de que tempo é essa música, nem em que período Paulinho Moska fez um rápido sucesso na mídia brasileira. Lembro que ele tinha algumas boas músicas - como esta que falo hoje, o Alvo e a Seta e Pensando em Você, mas também não sei o motivo de seu desaparecimento. Acredito que tudo tenha acontecido lá por meados dos anos 90, talvez entre 1995 e 1999, mas sem certeza. 
De qualquer forma, essa música que vou postar abaixo traz um pensamento que acho muito bacana: e se você soubesse, com toda a certeza, que o mundo iria acabar em um determinado dia, em uma determinada hora, o que você faria? Na verdade, acho que não há como prever uma resposta, mas imagino que tudo seria tomado pelo caos e pela insanidade. Seria gente brigando, se beijando, se declarando, correndo, chorando, enfim,  catastrófico. Seria interessante ter sangue frio para sentar a observar a situação, mas aí quem saíria perdendo é você, que não estaria aproveitando o fim do mundo. Segue a letra:


Meu amor
O que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria

Ia manter sua agenda
De almoço, hora, apatia
Ou esperar os seus amigos
Na sua sala vazia


Corria prum shopping center
Ou para uma academia
Pra se esquecer que não dá tempo
Pro tempo que já se perdia


Andava pelado na chuva
Corria no meio da rua
Entrava de roupa no mar
Trepava sem camisinha


Abria a porta do hospício
Trancava a da delegacia
Dinamitava o meu carro
Parava o tráfego e ria

Obs: entre todas as estrofes ele repeta a parte do "meu amor, o que você faria?" e como repetição fica muito melhor na versão cantada, retirei.
Obs 2: a foto eu retirei de https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicLZOVxTQ_nWVZyRXToEKTofSKWX9a5A-qmk67Icfl8iyYJD2_Khz3p1-7ZsXrJ9CEBjcGxDwblUzB6iH0gua0Rz-TeyVOQQnWSGDYKC7oAC8BcrptOZLKGCzU7VQRUT62znRRqFPgsUhS/s400/fim+do+mundo.jpg
Obs 3: a letra foi retirada do www.letras.terra.com.br

24 de abril de 2010

Um mínimo sobre Leminski

Paulo Leminski, curtibano (1944-1989).

Nunca fui fã de poesia. Aliás, nunca gostei mesmo, nunca tive paciência, nunca me chamou a atenção. Talvez pela poesia ser associada ao romantismo, ou pelo menos para mim sempre foi - isso sim deve ser culpa de algum professor de literatura da época da escola. Digo que sempre me pareceu associada ao romantismo porque sempre tive a imagem dos poetas como seres terrivelmente apaixonados, que vivem a sofrer pelo amor impossível e por isso escrevem versos e mais versos sobre a dor e a tristeza ou, ao contrário, sobre as imensas belezas da vida quando sua paixão está por perto. Como romantismo nunca foi meu forte, acho que acabei criando uma restrição com esse gênero. Também nunca gostei das longas poesias, lotadas de versos e estrofes que pareciam intermináveis.
Entretanto, com o passar dos tempos, descobri - algo que parece óbvio para a maioria dos letrados - que existem grandes poetas que falam sobre diversas outras coisas e usam e abusam da inteligência, de ironias e sarcamos, que falam do cotidiano, da vida, do mundo, de amigos, enfim, de qualquer assunto que não seja necessariamente ligado ao extremo sofrimento ou à extrema alegria de um amor (mal resolvido ou não). Meu conhecimento sobre poetas é bastante limitado, mas gosto muito de dois: Bertold Brecht e Paulo Leminski. 
Hoje vou deixar indicações relativas ao meu conterrâneo, filho de pai polonês e mãe negra, - e achei isso interessante pela raridade do fato - já que meu conhecimento sobre sua vida e sua obra não tem nenhuma conclusão minha propriamente minha, logo, se eu fosse escrever sobre ele seria apenas uma repetição  do que outros já fizeram sem acrescentar nada. Primeiro, vou postar a poesia dele que mais gosto, depois vou colocar alguns links que falam sobre sua vida e sua obra.

Profissão de Febre



Quando chove, eu chovo,

faz sol, eu faço,

de noite, anoiteço,

tem deus, eu rezo,

não tem, esqueço,

chove de novo, de novo, chovo,

assobio no vento, daqui me vejo,

lá vou eu, gesto no movimento

22 de abril de 2010

Invictus

Invictus - com Morgan Freeman e Matt Damon; direção de Clint Eastwood. 2009, 133 minutos.

Esses dias eu havia postado no Twitter que estava com vontade de ver um bom filme. Terça dei uma passada no cinema, com minha namorada só para conferir se haveria algum filme naquele momento e, veja só, Invictus estava de volta a um horário descente, ao contrário dos meses que ficou em exibição apenas à noite. Como já estávamos curiosos para assistir, fomos.
A ideia principal é mostrar como Nelson Mandela enxergou na Copa do Mundo de Rugby, realizada na África do Sul em 1995, a possibilidade de começar a unificação dos sulafricanos, que viviam - e ainda vivem em menor proporção - os efeitos do regime do Apartheid que segregou brancos e negros por décadas. 
As interpretaçoes de Damon e Freeman foram ótimas. Apesar do primeiro ter tido um papel menor na trama, quando aparece, não decepciona. O segundo, em compensação atuou de uma forma irrepreensível. Mais chocante ainda é conhecer um pouco melhor o próprio Mandela e tentar realmente entender como um homem conseguiu enxergar as coisas que ele enxergou, pensar como ele pensou e, principalmente - como é dito no filme, perdoar o que ele perdoou.
Apesar do forte apelo emocional, o filme não foi feito para exaltar o ex-presidente sulafricano. Acho que o foco, ou um dos focos, foi como um esporte por unir um país. O rugby era considerado esporte dos brancos, opressores e as cores da seleção, o verde e ouro, as cores do Apartheid. Passando por cima de tudo isso com atitudes fanstásticas, o presidente e a seleção fizeram o impensável: conseguiram que o país todo torcesse pelo seu selecionado, no primeiro gesto de superação de um regime tão traumático. Melhor ainda foi o resultado final do mundial, no qual a África do Sul, pouco acreditada, conseguiu superar  os adversários, inclusive a favoritíssima Nova Zelândia na final.
Não acredito que valha a pena contar algumas cenas, pois poderia estragar boas surpresas que o filme trás. Apesar do tema tão sério e algumas situações pesadas, a trama é leve e as duas horas e pouco nem são sentidas. Para acabar, vou postar o poema escrito por William Ernest Henley em  1875 (e publicado em 1888) que dá nome ao filme e que, segundo o mesmo, Mandela usou como apoio espiritual durante os 27 anos que ficou preso.

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.


In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.


Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.


It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.


Tradução:


Noite à fora que me cobre
Negra como um breu de ponta a ponta,
Eu agradeço, a quem forem os deuses
Por minha alma incansável.

Nas cruéis garras da circunstância
Eu não fiz cara feia ou sequer gritei.
Sob as pauladas da sorte
Minha cabeça está sangrenta, mas não rebaixada.                 

Além deste lugar de raiva e lágrimas
É iminente o horror da escuridão,
E ainda o avançar dos anos
Encontra, e me encontrará, sem medo.

Não importa o quão estreito seja o portão,
O quão carregado com castigos esteja o pergaminho,
Eu sou o mestre de meu destino;
Eu sou o capitão de minha alma.

Essa tradução foi copiada de: http://www.mariaaugusta.com.br/2010/02/11/nelson-mandela-invictus/

19 de abril de 2010

Boas oportunidades para o silêncio

Ontem, mais uma vez, o Coritiba foi campeão paranaense. Hoje, lamentavelmente, vi vários torcedores do Atlético perderem boas oportunidades de ficarem em silêncio. Isso não vale para os que tiveram espírito para retribuir as provocações, o que muitos fizeram de maneira bem humorada e inteligente. Isso vale para os que são tão cretinos que, ou não sabem se expressar, ou não possuem inteligência mesmo.
Primeiro: apesar do Campeonato Paranaense estar a cada ano com um nível técnico pior, os times do interior cada vez se assemelhando aos times de suburbana da capital e o Paraná Clube ter praticamente desaparecido nos últimos dez anos, ganhar o Parnaense é sempre bom e sempre sinônimo de festa. Se não fosse assim, Couto Pereira e Baixada não encheriam como encheram nesses anos todos em que o título foi decidido por Coritiba e Atlético. Então, certas desqualificações são realmente desnecessárias
Segundo: brincar e tirar sarro faz parte do futebol. Você só pode reclamar de ser alvo de brincadeiras se você jamais brincou com algum torcedor do time adversário. Se não é o caso, leve numa boa, amanhã provavelmente é você quem vai estar tirando sarro. Agressividade e mau humor só provam ignorância.
Terceiro: seu time perdeu? Está emputecido? Vá dormir, não vá ao Orkut, ao Twitter ou a qualquer blog escrever um monte de besteiras que só representam dor de cotovelo. Desqualificar estádio e torcida adversária não torna o seu time campeão, nem te torna mais bonito. Culpe o técnico, a diretoria e a falta de qualidade do elenco.
Quarto: ao contrário do que muitos falam, a torcida do Coritiba não tem comparecido ao estádio pelo desgaste emocional do fim do ano, pela queda para a segunda divisão e pela desconfiança - óbvia - em relação ao time. O jogo de ontem podia ser muito bom - como foi - ou catastrófico. Perder representaria jogar no lixo um campeonado que foi liderado do começo ao fim, representaria ser vice dentro de casa - coisa que o Coritiba não experimenta há tempos, e representaria o retorno de todo o caos que foi o início do ano. Tudo isso, aliado ao preço alto do ingresso diminuiu o público - e isso provavelmente aconteceria com qualquer torcida. Falar que os torcedores estavam com medo, que a torcida está encolhendo ou que a falta de público em 2010 é pela violência e invasão de campo em 2009 é ser idiota.
Quinto: é fato que o Atlético está na primeira e o Coritiba na segunda divisão e que ganhar o Paranaense não muda isso. Ganhar o regional não era obrigação do Coritiba, era do Atlético, e isso foi revertido. O Coritiba liderou do começo ao fim e foi campeão com toda a justiça futebolística do mundo. Feio/vergonhoso é ficar atrás do maior rival que está na segundona. Ter ganho o título representou, além do aumento na vantagem na contagem de títulos estaduais, a manutenção de um tabu de dois anos sem perder para o maior rival, o que qualquer torcida gosta de comemorar.
Portanto, se você desmereceu um título que você comemoraria se tivesse ganho, você está frustrado e não soube se comportar - ou por destempero causado pelo fanatismo ou por falta de insteligência mesmo, se é que não são sinônimos. No futebol, perder muito mais comum do que ganhar e isso vale para qualquer time no mundo. Perder é chato, mas não é anormal. Da próxima vez, conforme-se e fique em silêncio, é mais respeitoso com os que escutam/leem suas babaquices.
Hoje, quem é melhor é o Coritiba, que ganhou em campo e sem nenhum tipo de contestação possível, fato.

Obs 1: interessante que meus alunos de 11, 12 e 13 anos não tiveram nenhum dos comportamentos acima e se mostraram muito mais inteligentes do que pessoas com mais de 20.
Obs 2: baita espírito esportivo teve um amigo do trabalho, atleticano roxo, que chegou às 07:00h brincando com professores e alunos.

15 de abril de 2010

As mulheres e o futebol

Falar de mulher e futebol ao mesmo tempo não é fácil, principalmente pelo enorme risco que se corre de ser chamado de machista. Na verdade, se você não tiver o discurso da tv - "mulheres no estádio são a coisa mais fantástica do mundo" - você é machista, pronto, simples assim. De qualquer forma, acho que algumas observações podem ser feitas, e eu sempre procuro reparar bastante em mulheres que falam e falam e falam sobre futebol. Notei, ao longo do tempo, que a maioria delas possui algo em comum, o que sempre me chamou e me chama a atenção.
Quando eu era criança, lá nos anos 90, e ia ao estádio, a ampla maioria - esmagadora mesmo - era de homens, indiscutivelmente. Quando aparecia uma menina, o que se ouvia era uma quantidade absurda de referências pouco educadas tanto para ela  (de "gostosa" pra frente, se fosse bonita, de "gorda" pra frente se não fosse) quanto para seu acompanhante ("sócio" e "corno" eram os nomes campeõpes de audiência). Isso devia acontecer, primeiro, pela própria "cultura" brasileira de que futebol e estádios eram coisas de homem e, em segundo, pelo contexto de violência que se via nos estádios até meados daquela década (não que hoje as coisas estejam lá muito melhores, mas acredito realmente que evoluíram UM POUCO).
Da metade da década pra frente, mas principalmente mais para o final dos anos 90 e começo dos 2000, esse panorama começou a mudar, e mudou muito rápido, acredito que motivado por uma campanha muito forte da televisão.
Bom, agora minhas observações: quando uma mulher gosta de futebol, quando ela torce, ela TORCE mesmo, com sérias propensões ao fanatismo - mesmo que tente disfarçar. Isso é interessante e eu realmente não sei explicar o motivo. Raramente você vê uma que vai ao jogo só por ir, só pra acompanhar pai, irmão, namorado. Elas vão e quase morrem no estádio, o que é bem divertido - e às vezes reponsável por uma gritaria ensurdecedora.
Isso causa um efeito que eu acho bem chato: a necessidade quase patológica que a maioria delas tem de provar insistentemente que entende de futebol, do jogo, da dinâmica. O básico é afirmar que sabe o que é impedimento - o que qualquer retardado que vá meia dúzia de vezes ao estádio entende, pelamordedeus. Mas, além disso, a afirmação através de análises futebolístiscas - não sei porque - feitas como se fossem comentaristas de televisão, como se falassem com a câmera - difícil de explicar, mas usando expressões tipo "o técnico devia ter posto fulano na posição tal e deixado o cara fazer o que sabe".
Interessante também, e acho que por essa paixão, é a quantidade de acessórios do time que elas conseguem ter. Ainda mais nos últimos anos, com o grande investimento dos clubes em roupas e acessórios femininos.
Por último, acho que ainda há uma diferença fundamental entre homens e mulheres quando se trata de futebol: a maioria dos homens olha para o mundo futebolístico como algo amplo e, muitas vezes, a ser admirado. Como assim? É só notar que os homens acompanham com muita frequência diferentes campeonatos, nacionais ou estrangeiros, diferentes jogadores e conversam demasiadamente sobre o chamado Mundo da Bola, param pra ver todo tipo de documentários, especiais, filmes e reportagens sobre futebol. E não precisa nem dizer o quanto contam os meses, semanas e dias para a Copa. Mais do que torcer pela seleção - e é o único momento de torcida realmente, já que nos outros campeonatos costumamos torcer depois das quartas de final e ainda debochar se der algo inesperado - a Copa representa o ápice dos bons jogos, os melhores jogadores reunidos, enfim, futebolisticamente falando, tudo de bom.
Curiosamente, boa parte das mulheres gosta da Copa pelo evento em si - reuniões, churrascos, folga no trabalho/estágio/faculdade, não necessariamente pelos jogos. Já vi muitas comentando que não estão nem aí para a seleção e que a parte chata é que os jogos dos times são paralisados. 
Acho mei difícil entender isso e, em alguns casos, isso até me irrita. O futebol é bem mais do que o seu time, seu estádio. Enfim, continuarei observando, com olhos machistas ou não.

13 de abril de 2010

Wezzer - nerds e simpáticos

 
 
Weezer, a banda nerds.

Conheci a banda por acidente, lá por 2002, vendo MTV, quando essa emissora ainda passava clips e seu nome fazia sentido. Se não me engano, assisti um clipe de Hash Pipe, bem comédia, no qual aparecem lutadores de sumô, tanto lutando, quanto tocando no lugar dos caras. 
O som agradou, e como na época eu tinha acabado de comprar computador e nem sabia nada sobre baixar músicas ou cd´s, fui atrás do cd pra comprar. Como era importado e alternativo, não tinha em lojas "convencionais", digamos. Por isso, custou bem caro e só tinha na Barulho, que ficava lá no Omar - loja dedicada a todo tipo de música (e gente) alternativa e esquisita, mas muito legal (as músicas).
Na verdade eu achava que era um dos únicos seres que gostava dessa banda, já que dos meus conhecidos mais próximos ninguém nunca tinha ouvido falar. Na faculdade, algumas pessoas conheciam e gostavam, mas isso me assustava/desagradava um pouco, já que quem curtia o som era aquele povo pseudoalternativo com All Star vermelho, óculos com aros pretos que circundam as lentes, cabelos meio lambidos e malas cheias de bottons (broches, sei lá).
Algumas coisas chamam a atenção: primeiro, o visual dos sujeitos, meio com cara de loosers, ou com cara de piás americanos que sofrem na escola. Segundo, a criatividade, ou falta desta, nas capas dos álbuns - dos sete, três são muito semelhantes, alterando apenas a cor do fundo e, não à toa são chamados de red album green album e blue album - meio tosco, fazer o que.
Esses tempos estava lendo uns sites que classificaram o som como Indie rock. Não acho que essas classificações são necessárias ou inteligentes, mas já que disseram por aí e não tenho argumentos para debater, fica nessa mesmo. De qualquer forma, eles são bem humorados, pelo menos por alguns vídeos que já vi, tentam jogar futebol em alguns, entrevistas legais em outros. 
Acho bem legal o fato do vocalista, Rivers Cuomo, ter parado com a banda por um tempo para concluir sua graduação em Letras, em Harvard - cdf dos infernos, mas admirável.
Abaixo, três exemplos de músicas deles. As duas primeiras, do álbum verde - Don´t let go e Photograph  -e a terceira - Dope Nose - do Maladroit:




Como outras recomendações, ficam Hash Pipe, My Name is Jonas e Bervely Hills.
Observação: não consegui diagramar a imagem para que o texto começasse ao lado, droga!

6 de abril de 2010

Como fazer besteira no seu blog

Cá estou eu para reportar a idiotice de hoje à tarde. Como qualquer ser humano não cego e não daltônico pode observar, o layout deste blog não é mais o mesmo. Não que antes fosse bonito, mas estava bem melhor.
Não sei explicar em qual maldita configuração eu mexi, mas ele mudou. Consegui achar novamente o layout, mas as cores e as opções da barra lateral não estão mais disponíveis.

Enfim, vai ficar toscão assim até que surja um novo layout bem bacana, que, aliás, segundo o que me disseram, um dia chega!

4 de abril de 2010

Bad Religion - The Process of Belief

Bad Religion - The Process of Belief (2002)

Esse cd é recomendadíssimo pra quem gosta de música alta e rápida.
O álbum parece uma virada na história da banda. Os caras já estavam na estrada desde 1980 e, com algumas mudanças na formação, mantinham-se como uma das principais bandas do cenário punk. O bad Religion lança, em média, um cd a cada dois anos, ou quase isso.
Em 1996, tinham lançado uma coletânea ao vivo, Tested (muito bom também!), com os maiores suscessos até então e algumas inéditas, além do bom The Gray Race. Em 1998, lençaram No Substance, que é bacana, nada mais do que isso. Apesar das letras inteligentes, a batida já parecia diferente, sei lá, "menos punk", digamos assim. Nada tão acelerado e nenhuma músca emplacou, nenhuma virou clássica, digamos assim. Foi um álbum que ninguém sente falta, não tocam nenhuma música em shows nem nada. Em 2000 lançaram New America, que acabou vindo na mesma linha do No Substance. Na verdade, um pouco pior ainda. O disco estava há anos-luz dos bons tempos do Bad Religion. Assim como o antecessor, nenhuma música emplacou, muitos "heys" no meio dos backings, letras com uma criticidade menor, enfim, acho que nem eles mesmos curtiram. O último grande álbum havia sido Stranger Than Fiction, de 1994, ou seja, 6 anos sem uma produção FODA.
Em 2002 parece que surgiu uma luz no fim do túnel. Primeiro, o baterista Bobby Schayer sentiu dores crônicas no ombro (parece fala de médico de jogador de futebol, credo!) e caiu fora. Penso que isso foi realmente bom. Apesar do cara ser um gordinho com cara de gente fina, parecia que tocava todas as músicas da mesma forma. No seu lugar entrou o hiperativo senhor Brooks Wackerman, que já tinha tocado no Suicidal Tendencies e no The Vandals. Hiperativo mesmo, o cara não para, cada música tem três milhões de batidas, pelo menos. Para a coisa melhorar de vez, Brett Gurewitz, ou Mr. Brett, voltou a gravar/tocar com a banda. Ele foi um dos fundadores e estava afastado desde 1996. Com a sua volta, a sonoridade mudou, assim como as letras, feitas em parceria com o vocalista Greg Graffin. Eles já haviam composto as músicas mais clássicas do Bad Relgion nos primeiros 16 anos da banda. Se não me engano ele ainda toca, mas só nos show próximos à Los Angeles e em especiais para tv ou dvd. De qualquer forma, esteve presente nos três últimos discos, muito bons. Agora, a banda tinha um baterista novo e três guitarristas.
Com esses dois reforços, novas letras e uma nova sonoridade, o Bad Religion lançou The Process fo Belief. As críticas foram mais do que positivas e os fãs que estavam meio putos com os dois lançamentos anteriores voltaram a elogiar e adorar. O que se ouvia de mais comum era que a banda tinha "voltado às origens" - letras com engajamento social e que abordavam diversas questões - do tratado de Kyoto ao ateísmo e uma melodia mais rápida, mais agressiva do que havia feito nos anos anteriores.
As três primeiras músicas - Supersonic, Prove it e Can´t stop duram, juntas, cerca de 4 minutos. As outras 11, embora levemente mais longas, tem a mesma pegada, talvez com excessão de Broken e Sorrow, um pouco mais devagares. Destined fo nothing, Materialist, Evangeline, Kyoto now seguem a linha das três primeiras. Epiphany, The defense, The lie, You don´t belong e Bored and extremely dangenous são interessantíssimas - nem tão aceleradas e extremamente inteligentes, com uma das marcas registradas da banda: backings feitos por 3 ou 4 integrantes, como se fossem cantos no fundo da música.

Aqui, o link para baixar (créditos para a comunidade Discografia - a original, postado originalmente por Spokesman e repostadopelos moderadores): 4shared.com/file/87922658/c75f6da8/Bad_Religion_-_2002_-_The_Process_of_Believe.html